Ruptura (ou fissura) das Fibras Internas do Anel Fibroso
– Descontiniudade das fibras de colageno do anulo fibroso
– Foco de hiperintensidade de sinal na ponderacao T2
– Em T1 pos-GD há realce do foco de fissura
– DD: espondilodiscite e hernia (estagio intermediario desta condicao)
Hernia Discal
– Deslocamento do material discal alem dos limites do disco
– Pode ser composto por núcleo pulposo, cartilagem dos platôs vertebrais, osso fragmentado dos anéis apofisarios, anulo fibroso
– Localizacao: centrais, parecentrais a direita ou á esquerda, foraminais a direita ou a esquerda
– + de 90% são centrais ou paracentrais
– 90% de todas a anormalidades focais discais ocorrem em L4-L5 e L5-S1
– Até C8: extrusão de disco no nível C4-C5 paracentral comprime comprime a raiz descendente de C6
– Toracica e lombar: extrusões paracentrais em T4-T5 comprimem as raízes descendentes de T5
– Unco-artrose de C6-C7 que determina estenose foraminal comprime a raiz de C7
– Nomeclatura
– Protrusao: o maior diâmetro do material herniado e mqualquer plano é menor que a distancia entre as margens da base da hérnia no mesmo plano
– Extrusao : maior diâmetro do disco herniado excede a distancia entre as bases da hérnia no mesmo plano
– Hernia Sequestrada: o material herniado perde continuidade com o disco de origem
– Contraste demonstra realce periférico do tecido fibravascularizado do material herniado
– Abaulamento discal difuso: extensão discal alem dos limites do disco de forma difusa e simétrica (em geral < 3 mm)
– Protrusao ou hérnia de base larga: protrusão cuja base excede 90o a circunferencia do disco, mas permanece inferior a 180°
– Se associado a canal estreito , pode haver compressão do saco dural ou das raízes emergentes
– Variante do normal em L5-S1
– Hernia de Schmorl
– Herniacao para o interior o plato vertebral
– Pode derterminar dor quando aguda e apresenta sinais de edema osseo adjacente
Degeneracao discal
– Pode ser desidratação, fibrose, abaulamento discal difuso, fissuras anulares, degeneração mucinosa do anulo, defeitos e esclerose dos platôs articulares e osteofitos
Doenca de Baastrup
– Geralmente associados a degeneração do disco vertebral com desidratação discal, e sinais de artrose interfacetaria
– A dor piora na posição ortostática e melhora com a flexão vertebral
– Podem ser vistas bursas interespinhais com liquido em seu interior
– T1 e T2 , e melhor com supressão de gordura ou STIR
– Rx quando avançada: irregularidades e esclerose óssea nas porções adjacentes de duas apófises espinhosas contiguas
Estenose do Canal Vertebral
– Congenita:
– Geralmente associada a hipoplasia dos pedículos (“pedículos curtos”)
– O canal normal aumenta de dimensões no segmento lombar progressivamente
– Na estenose congênita ocorre a redução progressiva
– Adquirida
– Alterações degenerativas com subluxacao das art. Interapofisarias
– Hipertrofia do ligamento amarelo
– São as mesmas alterações que determinam espondilolistese degenerativa
Espondilolistese
– Graus 1 a 4 ( 25, 50,75 e 100% de escorregamento)
– Pode fazer a medida em mm do escorregamento para monitorar melhor a evolucao
– degenerativa é + comum em L4-L5 em mulheres de meia idade
– Na espondilolitica existe fratura dos istmos interarticulares, + comum de L5
Modic
– Modificacoes na composição da medula óssea dos platôs vertebrais relacionados à degenaracao do disco intervertebral
– Tipos:
– I (edema ósseo): Hipo em T1 e hiper em T2
– II (infiltração gordurosa): hiper em T1 2 T2
– III (esclerose óssea): Hipo em T1 e T2
Calcificacao do LLP
– + comum no Japao (2-4%), rara no resto do mundo
– + comum no meio da col cervical (C3-C5), depois no meio da torácica (T4-T7)
– quando exuberantes são causas potenciais de compressao medular
Sindrome de Guillain-Barret
– Desmielinizacao inflamatoria aguda de NN perifericos, raizes nervosas e nervos cranianos
– Etiologia auto-imune ou viral
– Clínica: paralisia ascendente, bilateral e simetrica
– Pode comprometer a musculatura diafragmatica e intercostal com necessidade de VM
– Envolve o nervo facial em até 50% dos casos
– O apide dos sintomas é de 4 semanas, a >ria melhora em 2-3 meses, cerca de 50% apresentam sintomas 1 ano após
– LCR com dissociacao proteinocitologica ( condicao p o Dx)
– Achado + tipico: realce das raizes ventrais, principalmente ao nivel da cauda eqüina
– Outras condicoes com padrao semelhante de realce:
– Aracnoidite
– Charcot-Marie-Tooth
– CMV – DD + importante
– Hernia de disco/radiculite
– Herpes-Zoster, Dç de Lime
– Neurofibroma, sacoidose
– Schwanoma, realce fisiologico
Aracnoidite Adesiva
– Processo inflamatorio, geralmente nao infecioso comprometendo as meninges na regiao lombossacra e as raizes da cauda eqüina
– Causa + freq é quimica: contrastes ou anestesicos no ESA
– Pode ser secundaria a neoplasia ou processo infeccioso (ex: TB)
– Pode ser assintomatica ou simular canal estreito e polineuropatia com dor lombar baixa irradiada p MMII, disfuncao vesical e intestinal
– RM: – Espessamento das raízes
– Aspecto em saco vazio: raizes aderidas na periferia do saco dural
– Pseudomedula: Raizes aderidas no centro do saco dural
– Cistos no ESA com compressão da medula e dilatação do canal ependimario (hidromielia)
Mielite Transversa
– Sindrome clinica de inicio agudo, de etiologia auto-imune
– + freq na medula torácica
– Disfuncao motora, sensorial e autonômica bilateral monofásica, sem dçs neurologicas previas
– Lesao central na medula com + de 2 corpos vertebrais e + de 2/3 da secção transversa da medula
– Pode apresentar expansão na fase aguda e atrofia tardiamente
– Realce pelo GD é variável
– Deve fazer RM de crânio para ver outras lesões
– Pode as vezes ser pelo ataque direto do vírus (caxumba, coxsackie, hepatite, rubéola , sarampo, HSV, HIV, influenza , raiva
Mielopatia vacuolar
– Infeccao direta da medula pelo HIV
– A RM pode ser normal
– + freq é a atrofia
– Hiperintensidade em T2 comprometendo difusamente a secção transversa da medula ou
– Envolvendo tratos laterais e posteriores simétrica e bilateralmente (aspecto típico e + tardio)
– Realce variável, quando ocorre é heterogêneo
– O Dx geralmente é por exclusão, junto com exames de sangue e LCR
– Por imagem é muito semelhante a TOXO na forma difusa que também é freq na SIDA e
– Degerneracao subaguda combinada na fase tardia
Cisticercose
– No canal medular pode ser extradural, subaracnoide ou intramedular
– Na intramedular e subaracnoide os cistos apresentam plano de clivagem com o tecido normal
– Lesoes císticas contendo cálcio
– DD com neoplasia glial (ependimoma em adultos dificilmente é so cístico e não apresenta realce)
– O Dx se faz atraves de imunomarcador enzimático EITB
Esquistossomose
– Uma das causas + freq de mielopatia na Brasil excluindo trauma e tumor
– Ocorre por obstrução vascular secundaria ao granuloma esquistossomotico
– Dx: certeza (biopsia) presuntivo ( imagem e laboratório)
– RM: (padrão +comum)
– Alargamento da medula, hipo em T1, hiper em T2, realce heterogêneo no cone e na cauda eqüina
– 2 padrao: alargamento focal da medula com hiper em T2, hipo em T1 e realce heterogêneo
Artrite Reumatoide
– Envolve col cervical em 60% dos casos
– Segmento + acometido é C1-C2 com subluxacao franca em 5%
– Deve ser realizado estudo dinâmico para esta finalidade
– Raramente involve col lombar e sacroiliacas
– DD: AR juvenil, EAPSN, artropatia da hemodiálise
EAPSN
– Hipointensidade em T1 subcondral e realce heterogêneo pelo contraste
– Para diferenciar as EAPSN deve-se fazer correlação clinico-laboratorial
– Eraosao ou anquilose das art SI
– Erosao e remodelagem dos platôs vertebrais (vértebras quadradas)
– Ossificacao do anel fibroso e dos ligamentos paraespinhais
– Deformidade cifotica dos segmentos lombar e dorsal da coluna
– DD: AR (raramente acomete art SI), ARJ (inicio < 18ª e se limitaa e a anquilose se limita a art SI)
Infecciosa (geralmente unilateral)
Espondilodiscite
– Reducao da altura do interespaco com irregularidade dos platôs vertebrais contíguos
– Disco e corpos contiguos: Hipo em T1, hiper em T2 e realce pos-GD
– Extensao para partes moles adjacentes
– Pode complicar com abscesso representado por formação cística no disco com realce periférico
– O disco já não sofre realce exceto no abscesso
– Tuberculosa (Mal de Pott)
– 1% dos pctes com TB, espondilite não-piogenica mais comum
– Geralmente disseminação hematogenica
– 50-80% dos casos não apresenta envolvimento pulmonar concomitante
– 1ª vertebra lombar é a + acometida
– > tendência a envolver multiplos segmentos q a piogenica (dosseminacao transdiscal e subligamentar)
– Costuma preservar o disco e ser intenso no corpo vertebral podendo formar “abscessos”
– Inicia na ragiao Antero-inferior do corpo vertebral e dissemina-se posteriormente ao LLP
– Massas paravertebrais(bilaterais) e abscessos são comuns
– Colapso dos corpos vertebrais levando + comumente cifose
– Na evolução, destrói vértebras e discos (+ tardio q na piogenica) com anquilose óssea e formação de giba
– RM : sinal em T1 e T2 semelhante a piogenica, GD mostra melhor a disseminação